Miúda louca esta. Apaixonada. Parece ser a primeira vez. Mas não... Já teve mais homens dentro de si. Vai pla rua escura. Apenas o barulho dos seus passos e acompanhando-a em compasso, alguém. Olha para trás. Ele. Finge não o ter visto e continua com o olhar fixo no fim da rua, na certeza de ser aquilo que quer: esquecer. Os passos dele tornam-se rápidos e ela continua na sua dança com as estrelas, sempre com o mesmo toc toc na calçada fria. Toca-lhe. Ele toca-lhe. Um arrepio. As borboletas na barriga crescem. Começa a tocar-lhe com um jeito de pertença. As mãos começam a percorrer o corpo.. os olhos fixos começam a penetrar um no outro. Ela agarra-o com força. Encosta-o à parede e beija-o. Ele retribui... Culpa dela. E ele não lhe resiste. E continuam. Beijos. Paixão. Apenas o som do prazer de corpo contra corpo. Pele. E a verdade. A verdade eles sabem-na. São cúmplices. Complementam-se e fazem juras de amor ao ouvido. Adoro-te. O brilho nos olhos aumenta. A respiração acelera. Caem em si. Estão na rua. Sentam-se no chão e ficam. Exaustos. Cheios de um amor impossível. Tão impossível que não conseguem esconder.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário