Pego nas chaves do carro e vou. Saio de casa com alguma pressa. Mas pressa de quê? Parvoíce. A noite está cerrada, não há barulho. Apenas a porta do carro a fechar-se. Cinto. Rádio. Música alta. Faróis. Eu. Eu e o negro da estrada. Deixo-me apenas ir plas curvas e contra curvas. O caminho é longo. Longo? Mas para onde vou eu? Pois não sei. Mas tenho certo que sei como lá chegar. Céu estrelado. Vejo a Ursa Maior, vou para Norte. O rádio vai tagarelando e eu continuo na mesma estrada. Estrada escura. Sozinha. Precisava deste retiro há algum tempo. Ir para lugar nenhum. Só ir. Tocar um novo ar. Continuo a minha viagem... começa a aparecer a luz. Já é quase de dia. Já andei tanto. E sono...incrível, não tenho sono. Aurora. Páro o carro e saio. Abro os braços e recebo aquela energia. Aquele ar puro do campo. Óptimo. Faço-me de novo à estrada. Continuo a viagem...
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário